O pequeno país mostra que não tem coisa alguma de envelhecido e suporte do governo foi fundamental para que Portugal se tornasse matriz de negócios inovadores.
São Paulo – Castelos, pratos clássicos, uma cultura familiar e uma visível vida pacata podem fazer os brasileiros ignorarem um efetivo que se destaca por baixo dos panos de Portugal: o investimento em negócios escaláveis e inovadores, também intitulados de startups.
O que iniciou-se em 2007, com a criação do hoje unicórnio de roupas de luxo Farfetch por meio do empreendedor José Neves, largou de ser uma ressalva Um estudo do Startup Europe Partnership mostra que o ecossistema de startups português aumentou o dobro da média europeia entre 2010 e 2016, mesmo período em que passou-se a ter mais efeito internacional.
O país ganhou outros unicórnios fundados por portugueses, como a plataforma de transformação digital OutSystems e a empresa de prevenção de farsa por machine learning Feedzai.
O posicionamento de Portugal como uma marca de renovação está progredindo, mostrando benefícios como infraestrutura disponível e de alta qualidade, acessibilidade geográfica a diversos segmentos custos atrativos e qualidade de vida.
Entretanto, o país ainda precisa convencer investidores externos do potencial da região para inovações se desejar. fazer valer o Portugal 2020, projeto do governo português para criar um boom econômico entre 2014 e 2020.
Maria Miguel, diretora do think tank público-privado Startup Portugal, veio ao Brasil para auxiliar nessa tarefa Uma comitiva em Florianópolis expôs as 50 organizações e startups catarinenses a chance de se aproximar do ecossistema europeu para receberem investimentos e abrirem unidades em Portugal, enquanto startups portuguesas podem observar expansões para o atrativo mercado consumidor brasileiro.
A oferta que gera demanda
A Comissão Europeia estabeleceu que Portugal foi um país “moderadamente inovador” em 2016, o que mostrou uma transformação positiva para a região. A substituição de Londres por Lisboa para sediar a conferência de tecnologia e startups Web Summit no mesmo ano foi o primeiro passo para realizar os olhos dos empreendedores e investidores internacionais realmente se voltarem à terra do poeta Luís de Camões.
“O acontecimento gerou pessoas de tecnologia e startups a procura de financiamentos. Eles chegaram e nunca mais foram embora”, explica Maria Miguel.
Uma imensa sacada do governo português atual, que tomou posse em novembro de 2015, foi ter percebido esse efetivo e iniciado uma série de suportes ao empreendedorismo. No caso de Portugal, a proposta de incentivos ocasionou a criação de mais empreendedores – um cenário muito diferente do Brasil, onde o empreendedorismo emerge apesar da falta de apoio estatal.
Um exemplo de iniciativa é o devido Startup Portugal, instituição autônoma para apoiar políticas de caráter público. e privadas do ecossistema de startup, da ideação à nível dos negócios.
Tais políticas incluem a reunião de diversas formas de financiamento; o Startup Vista, visto para empreendedores criado em 2017; e a listagem de mais de 135 entidades do ecossistema e com mais de três mil startups. É uma densidade surpreendente para um país com pouco mais de 10 milhões de moradores com 3.333 habitantes por startup.
No Brasil, que possui por volta de 10 mil startups e 207 milhões de residentes, a densidade é de 20.700 habitantes por startup.
Os benefícios são sentidos não apenas pelos empreendedores, entretanto, pelo país todo. “No ano passado, quase metade dos novos trabalhos foram gerados por organizações com menos de cinco anos. Dentro dessas indústrias estão as startups”, afirma Maria Miguel.
Oportunidades e desafios
Portugal luta agora, para firmar Lisboa como a principal alternativa de startups que desejam se estabelecer na Europa – ultrapassando as descoladas Berlim, Londres e Paris.
Um incentivo para as organizações que surgem ou chegam a Portugal é o custo de vida, 27% mais em conta do que a espanhola Barcelona e 40% mais barato do que a holandesa Amsterdam, sem abrir mão da qualidade, afirma Miguel. Portugal também possui o mais baixo salário médio para desenvolvedores dos hubs europeus e os gastos de propriedades em Lisboa são mais atraente do que cidades como Berlim, Estocolmo ou Zurique, ainda que tenham desenvolvido nos últimos anos.
Mas a diretora do Startup Portugal considera que há muito mais do que benefícios financeiros por trás da escolha do país como destino quente para startups. A maior área de cuidado é a Indústria 4.0, diante de diversas manufaturas existentes em regiões como o Porto – onde nasceu a Farfetch, inclusive.
Considerando a qualidade de vida existente no país, Portugal não é somente o destino para aposentados, e sim muitos investidores estão entrando no país.
Muitas empresas estão dando oportunidades para novos investidores poderem abrir filiais em Portugal, assim aumentando a economia do país e fazendo capital de giro.
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