Museu Nacional de Arte Antiga fecha portas e só reabre em 2026 com Painéis de São Vicente restaurados
Museu Nacional de Arte Antiga fecha portas e só reabre em 2026 com Painéis de São Vicente restaurados
Prepare-se para uma mudança histórica. O Museu Nacional de Arte Antiga, considerado o mais importante de Portugal, vai encerrar ao público no próximo dia 29 de setembro para obras de grande envergadura e só voltará a abrir no segundo semestre de 2026. Mas a espera promete valer a pena: o regresso será marcado pela apresentação dos célebres Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, totalmente restaurados e “na sua melhor forma”.
Museu Nacional de Arte Antiga entra em obras milionárias
As obras fazem parte do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e representam um investimento de 6,57 milhões de euros. A intervenção vai atacar problemas estruturais que já se arrastavam há décadas, como o estado degradado do telhado e das fachadas do edifício localizado na Rua das Janelas Verdes, em Lisboa.
Segundo a diretora Maria de Jesus Monge, desta vez não há espaço para atrasos: “Estamos dependentes dos prazos europeus e teremos de cumprir rigorosamente o calendário imposto por Bruxelas”. O prazo máximo está fixado em 30 de junho de 2026.
Painéis de São Vicente serão a grande estrela da reabertura
O destaque absoluto da reabertura será a apresentação dos Painéis de São Vicente completamente restaurados. Considerada uma das obras mais icónicas da História da Arte em Portugal, esta pintura quinhentista é um retrato coletivo simbólico da cultura e da identidade portuguesas.
O restauro, iniciado em 2020, conta com apoio da Fundação Millennium BCP e tem sido acompanhado por especialistas internacionais. O objetivo é devolver aos visitantes detalhes que se perderam ao longo dos séculos e oferecer uma experiência de contemplação única.
“Queremos que os Painéis estejam na sua melhor forma, prontos para emocionar o público como nunca antes”, afirmou a diretora.
Museu Nacional de Arte Antiga prepara renascimento
Durante o encerramento, as equipas do Museu Nacional de Arte Antiga continuarão a trabalhar a todo vapor. Além dos Painéis, haverá uma renovação profunda da Galeria de Pintura Europeia e do piso dedicado às artes decorativas – ourivesaria, cerâmica, artes orientais e obras ligadas à Expansão Portuguesa.
A diretora garantiu que a intervenção não será apenas estrutural: o discurso museográfico será renovado para tornar a visita mais imersiva. Iluminação, vitrinas e até a comunicação visual terão uma atualização completa.
“Queremos fazer falar as obras de outra forma, aproximando o público de um acervo com quase 40 mil peças”, explicou.
Expansão do Museu Nacional de Arte Antiga
Além das obras financiadas pelo PRR, há outro grande projeto em andamento: a expansão física do museu. O Governo já aprovou a compra de imóveis e terrenos na Avenida 24 de Julho, num investimento de 10,2 milhões de euros. Esta ampliação é reivindicada há quase 80 anos por diferentes diretores e será fundamental para acomodar a imensa coleção.
Museu Nacional de Arte Antiga: herança viva de Portugal
Fundado em 1884, o Museu Nacional de Arte Antiga reúne uma coleção com cerca de 40 mil peças, incluindo inúmeros “tesouros nacionais”. É uma das instituições culturais mais visitadas do país e símbolo da preservação da memória coletiva portuguesa.
Com a reabertura marcada para 2026, Lisboa prepara-se para viver um dos momentos mais aguardados da cultura nacional. O público vai reencontrar o museu renovado, com novas condições e uma joia restaurada: os Painéis de São Vicente, prontos para brilhar como nunca antes.
Este será mais do que um regresso – será um renascimento do Museu Nacional de Arte Antiga, reafirmando o seu lugar de destaque na cena cultural europeia.
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