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Filme mudo perdido de John Ford é encontrado no Chile e terá exibição histórica em Lisboa

Filme mudo perdido de John Ford é encontrado no Chile e terá exibição histórica em Lisboa

Prepare-se para uma notícia que vai mexer com os amantes do cinema em todo o mundo. Um filme mudo do lendário realizador John Ford, desaparecido durante mais de um século, foi finalmente encontrado em 2024, no Chile, e vai ter uma exibição histórica em Lisboa. Trata-se de “The Scarlet Drop”, uma verdadeira relíquia do cinema mundial que será apresentada pela primeira vez em território português no dia 20 de outubro, na Cinemateca Portuguesa.

Filme mudo perdido é comparado ao Santo Graal do cinema

O impacto dessa descoberta é tão grande que especialistas já a apelidam de “Santo Graal” do cinema. Afinal, quantas vezes o mundo pode assistir ao renascimento de um filme mudo considerado perdido para sempre? Foi exatamente isso que aconteceu quando o académico chileno Jaime Córdova encontrou o longa esquecido num armazém em Santiago do Chile.

Ele adquiriu um lote de películas antigas de um colecionador que guardava os rolos havia mais de quatro décadas sem saber do tesouro que tinha em mãos. Ao abrir as latas, Córdova deparou-se com um material em perfeito estado, algo quase impossível quando se trata de película em nitrato, extremamente inflamável e frágil.

“Encontrar um filme mudo perdido de John Ford é algo que jamais imaginei. É como segurar um pedaço da história nas mãos”, declarou o emocionado pesquisador em entrevista à agência EFE.

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Exibição inédita em Lisboa com imagem surpreendente

O filme mudo será exibido no dia 20 de outubro, em Lisboa, como parte das celebrações do Dia Mundial do Património Audiovisual, que acontece oficialmente no dia 27 do mesmo mês. A sessão terá ainda a exibição de “Sansho Dayu”, clássico japonês de Kenji Mizoguchi, formando uma noite inesquecível para os apaixonados pela sétima arte.

Segundo a Cinemateca Portuguesa, “The Scarlet Drop” já revela elementos do universo fordiano que marcariam a carreira do realizador em décadas posteriores: temas sociais, personagens complexos, situações melancólicas e visuais arrebatadores.

O detalhe que mais impressiona? A cópia preserva as tonalidades originais aplicadas à película em 1918, com tons rosa, azul e ocre. Essa técnica era usada para dar cor e vida ao filme mudo, evitando o aspecto monocromático do preto e branco.

filme mudo john ford

Filme mudo traz temas sociais surpreendentes para a época

Ao contrário do que se esperava de um western do início do século XX, “The Scarlet Drop” não se limita a mostrar duelos, cowboys e paisagens áridas. O filme mudo de John Ford ousa apresentar questões como desigualdade social, luta de classes e marginalização, temas que raramente apareciam no género na época.

O protagonista é Harry Carey, um dos rostos mais importantes do cinema do período, que se tornou colaborador frequente de Ford. Para os estudiosos, essa obra permite enxergar claramente as sementes do estilo que transformaria o cineasta num dos mais influentes da história.

Descoberta milagrosa e preservação digital

O mais impressionante é que o filme mudo sobreviveu intacto por pura sorte. O nitrato, material utilizado nas películas antigas, é altamente instável e pode entrar em combustão espontânea a partir de 40 graus Celsius. No entanto, quando Jaime Córdova abriu as latas, encontrou o rolo em perfeitas condições.

A Cinemateca Nacional do Chile realizou uma reparação mínima no suporte físico do filme, preservando ao máximo a qualidade da imagem. Segundo os especialistas, o resultado é surpreendente e deve emocionar o público de Lisboa.

“Não houve alteração na fotografia original. O que vemos é a pureza da imagem de 1918, algo que só reforça a raridade desta descoberta”, explicou Córdova.

John Ford e a eternidade do cinema

John Ford, realizador de obras-primas como “O Vale Era Verde” (1941) e “A Desaparecida” (1956), é considerado um dos maiores cineastas de todos os tempos. Agora, com a redescoberta deste filme mudo, os fãs e estudiosos terão uma oportunidade rara de revisitar as origens do seu estilo inconfundível.

A exibição em Lisboa promete ser um marco cultural. Mais do que uma sessão de cinema, será uma viagem no tempo, um encontro com a memória da sétima arte e a prova de que alguns tesouros nunca se perdem — apenas aguardam o momento certo para ressurgir.

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Miriam Aryeh é especialista em jornalismo digital com foco em mercado de trabalho e qualidade de vida em Portugal. Apaixonada por pesquisa e escrita, dedica-se a produzir conteúdos claros, objetivos e acessíveis para quem busca oportunidades no exterior.

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