A restauração e a hotelaria estão ganhando a corrida contra á construção civil em Portugal no mercado de trabalho juvenil, que olha para o setor do turismo como algo Legal e valorizador, explica o sociólogo João Teixeira Lopes.
Licenciado em Sociologia (1992), mestre em Ciências Sociais (1995), doutor em Sociologia (1999) e professor catedrático da faculdade de Letras da Universidade do Porto, João Teixeira Lopes falou à imprensa, de uma geração com capacidade de alterar o mapa do trabalho em Portugal”.
Partindo do fato de o desemprego juvenil em Portugal “rondar cerca de 20%”, o sociólogo citou a “maior facilidade em emigrar” como um dos aspectos de fuga a uma profissão, a construção civil, que caracteriza uma “hiper desvalorização social do trabalho no setor pois é “um trabalho pesado, manualmente e precário”.
“Se olharmos para a área da construção civil em Portugal nos deparamos com muitas corporações pequenas que operam no campo da subcontratação e que têm uma enorme vantagem para as grandes obras, que é a flexibilidade, encontrando de forma rápida mão-de-obra apropriada mas cuja angariação é feita pelo conhecimento, não por critérios impessoais”, declarou o acadêmico.
Em contrapartida para os jovens, há o turismo e a restauração, que dispõe hoje salários equivalentes, com uma aceitação social distinto e que, apesar de ser também um trabalho difícil e tendencialmente precário, está num local cosmopolita”, declarou.
Ressaltando o contexto de tomar conhecimento de pessoas de diferentes nacionalidades, com a possibilidade de ganhar gorjetas”, João Teixeira Lopes complementa que os jovens apreciam a “ser identificados pelos seus pares como alguém que está num trabalho Legal.
E com o turismo como “um critério de tecnologia Internacional”, o sociólogo concorda que estar emigrando uma “geração com capacidade de transformar o mapa do trabalho em Portugal“.
Plenamente em especifico se continuarmos a ser um país em que as exportações crescem devido ao turismo, que já simboliza um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) e a tendência é para crescer”, frisou.
Concordando com o restabelecer da formação profissional em Portugal na área da construção para uma capacitação que é essencial”, numa profissão em que há uma “cultura de desmerecimento do risco baseada numa certa ideia de masculinidade e do que é ser um profissional a sério na construção civil”, o acadêmico defende que também as empresas terão de se “modernizar”.
“Para haver essa capacitação vai ter de haver do lado dos funcionários um compromisso, pelo motivo procuram mão-de-obra nômada, sem enorme formação”, disse.
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