Cancro da cabeça e do pescoço assusta Portugal: mais de três mil casos por ano expõem urgência de rastreios

Cancro da cabeça e do pescoço

Cancro da cabeça e do pescoço assusta Portugal: mais de três mil casos por ano expõem urgência de rastreios

Todos os anos, em Portugal, cerca de três mil pessoas recebem o devastador diagnóstico de cancro da cabeça e do pescoço. Esta é uma das doenças oncológicas mais graves e silenciosas, já que em mais de metade dos casos é descoberta apenas em fase avançada, reduzindo drasticamente as hipóteses de cura.

A campanha Make Sense, organizada pela European Head and Neck Society (EHNS) e coordenada em Portugal pelo Grupo de Estudos de Cancro da Cabeça e do Pescoço (GECCP), regressa em setembro de 2025 para alertar a população sobre sinais, sintomas e formas de prevenção.

Cancro da cabeça e do pescoço: sintomas a não ignorar

O grande problema é o diagnóstico tardio. Muitas vezes, os primeiros sinais são desvalorizados, mas podem salvar vidas se identificados a tempo. Os sintomas de alerta do cancro da cabeça e do pescoço incluem:

  • Úlceras na boca que não cicatrizam

  • Rouquidão persistente

  • Dor de garganta prolongada

  • Dificuldade em engolir

  • Caroços no pescoço

  • Obstrução nasal de um só lado

A regra é clara: qualquer sintoma que dure mais de três semanas deve ser avaliado por um médico.

Detectado precocemente, o cancro da cabeça e do pescoço tem taxas de cura entre 80% e 90%. Já em fases avançadas, essas chances caem para cerca de 50%.

Cancro da cabeça e do pescoço: um dos mais comuns da Europa

Apesar de ser o sétimo cancro mais comum da Europa, o cancro da cabeça e do pescoço continua a ser subdiagnosticado. A falta de informação e a desvalorização dos sintomas colocam milhares de pessoas em risco.

A campanha Make Sense 2025 traz o lema: “Equal Access, Equal Care: Uniting Europe Against Head and Neck Cancer”, destacando a importância da prevenção e da igualdade no acesso ao diagnóstico e tratamento.

Fatores de risco do cancro da cabeça e do pescoço

Entre os principais fatores de risco estão:

  • Consumo de tabaco

  • Consumo excessivo de álcool

  • Infeção pelo HPV (Papilomavírus Humano)

A campanha reforça a importância da vacinação contra o HPV, sobretudo entre os mais jovens, e da promoção da saúde oral. Reduzir comportamentos de risco é uma das formas mais eficazes de prevenir o cancro da cabeça e do pescoço.

Rastreios gratuitos em todo o país

Para aproximar a prevenção da população, estão programados rastreios gratuitos em várias regiões de Portugal:

  • IPO do Porto – 16 de setembro

  • IPO de Lisboa – data a anunciar

  • Ações em Albufeira e Porto – 17 de setembro, em parceria com o projeto CASA

  • Coimbra – data a confirmar

  • Rastreios com a Comunidade Vida e Paz nos polos de Chelas e Olaias (Lisboa)

Além disso, haverá sessões educativas em escolas, formações para profissionais de saúde e o 15.º Simpósio Nacional do Cancro da Cabeça e do Pescoço, no IPO do Porto, a 20 de setembro. Nesse mesmo dia, até a equipa de andebol do FC Porto usará camisolas especiais em apoio à causa.

Cancro da cabeça e do pescoço: sensibilização criativa para os jovens

A campanha vai além da medicina tradicional e aposta em experiências criativas para alcançar os mais jovens. A ação “Língua Para Fora”, lançada no Dia Mundial do Cancro da Cabeça e do Pescoço, incentiva as pessoas a observarem a boca e a língua como forma simples de auto-rastreio.

Nos últimos meses, a campanha marcou presença em grandes festivais como o Jardins do Marquês, o Sumol Summer Fest e estará também no Caixa Alfama. O Espelho Selfie e o Mural Coletivo de Línguas já envolveram milhares de participantes em atividades interativas de sensibilização.

Cancro da cabeça e do pescoço: tempo é vida

“Temos hoje melhores ferramentas para diagnosticar e tratar, mas continuamos a falhar no tempo”, alerta a oncologista Cláudia Vieira, membro da direção do GECCP.

O recado é claro: o tempo pode ser o maior inimigo ou o melhor aliado. Quanto mais cedo for diagnosticado, maiores são as chances de cura e qualidade de vida para quem enfrenta o cancro da cabeça e do pescoço.

A Make Sense 2025 pretende unir profissionais de saúde, instituições e sociedade civil num esforço coletivo para salvar vidas.

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Miriam Aryeh é especialista em jornalismo digital com foco em mercado de trabalho e qualidade de vida em Portugal. Apaixonada por pesquisa e escrita, dedica-se a produzir conteúdos claros, objetivos e acessíveis para quem busca oportunidades no exterior.

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