Modalidade criada nos EUA, faz um grande sucesso na China e está agora dando seus primeiros passos em Portugal.
Eles nunca chegam a saber o nome delas, e elas por sinal acabam sabendo o nome deles. Durante algumas horas (ou até um dia inteiro: ” fica a critério do cliente”, porque é o cliente quem paga e quem paga é quem manda) eles passeiam nos restaurantes e nos centros comerciais e elas simulam estar bem felizes e alegres.
“Encontrei-me com ele no Hard Rock Café e jantamos por lá. O cliente foi sempre bem educado e respeitador. Depois do jantar caminhamos um pouco por ali perto. Conversamos e namoramos um pouco, mas o cliente respeitou sempre os limites do serviço prestado e nunca veio com outras intenções. Ele inicialmente estava muito tímido, mas deixei ele bem à vontade e demos uns beijos e passeamos agarradinhos”, conta Rita sobre o último encontro agendado pela plataforma online Rental Girlfriends (Namoradas de Aluguel), na qual as mulheres podem se inscrever como namoradas de ocasião ou aluguel, como preferir rs e os homens se inscrevem para pedir companhia.
Rita ainda fala que os “beijos” são um ‘extra’ que nem todas estão dispostas a entregar. “Não é obrigatório haver contato físico. Aqui não há sexo envolvido, está bem explícito em nossas regras. Tanto que os encontros têm que ser marcados só para sítios públicos, não pode ser em hotéis, por exemplo, para segurança das meninas, embora se as meninas quiserem ter outro tipo de envolvimento isso já é da responsabilidade delas”, frisa Pedro Santos, um informático de 30 anos que administra a Plataforma Online com dois sócios.
Não haver sexo envolvido motivou, segundo ele, várias acompanhantes de luxo a inscreverem-se para receber dinheiro (apenas) pela companhia. “É um extra que ganham sem terem que vender o corpo”, explica o jovem empresário que tem atualmente uma equipe com 14 ‘meninas’ (entre os 20 e os 37 anos) para anunciar. “Os homens que mais procuram têm entre 40 e 50 anos, embora também haja jovens de 20 pedindo pelo serviço”, que tem um preço por hora a partir de 60 euros. “Pode ir aos 80, depende das ‘meninas’, mas com o acumulo de horas o custo vai diminuindo, senão era incomportável para a maioria”, acredita Pedro Santos – explicando que têm um rigoroso processo de entrevista e normas de contratação das ‘meninas’, “para garantir que os clientes não sentirão diferença entre ter uma namorada de aluguer ou uma verdadeira. E até podem namorar com duas ao mesmo tempo.
Os nossos clientes ‘compram’ habitualmente estas namoradas para passeios, jantares fora e cinema. Queremos dar aos homens uma oportunidade de desfrutar dos benefícios de ter uma namorada sem ter todos os aborrecimentos. Assim são eles que decidem onde ir e o que fazer, quando querem sair e quando não querem. E tem vantagens em relação às acompanhantes de luxo, que costumam agir de forma linear, estática e transacional, o que faz com que os homens sintam que estão simplesmente pagando por um encontro sexual. Alugar uma namorada faz um homem sentir como é querido, amado, cuidado e todos os mesmos sentimentos de ter uma namorada real”, acrescenta.
“O objetivo é ter uma namorada de ocasião e sem grandes “chatices”. O encontro que tive correu muito bem mas como pensei que poderia ser para continuar não fiz aquilo que queria, que era beijar…”, conta ‘Filipe’ (nome fictício), de 54 anos.
‘Ricardo’, de 45, pediu a ‘Miriam’, uma estudante universitária de 22 anos, para levar para o encontro um vestido bonito mas discreto. “Foi mesmo do jeito que eu tinha pedido. É uma moça bonita, elegante. Como combinado, duas horas antes do encontro ela me ligou para confirmar o local. Marcamos encontro na entrada do Centro Comercial Vasco da Gama, em Lisboa. Ela apareceu na hora combinada; demos um passeio pelo shopping, fomos jantar e passeamos um pouco pelo Parque das Nações. Deu para conversar com ela e conhecê-la melhor. É muito culta e educada. Gostei muito de a conhecer e pretendo voltar a estar com ela”, explicou à organização, pedindo para promover outro encontro. “Também temos este serviço disponível para acompanhamento em festas de aniversário e casamentos como existe nos Estados Unidos, onde nasceu o conceito, mas por aqui em Portugal ainda não é muito utilizado”.
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