Existem mais de cinco mil imobiliárias licenciadas em Portugal, sendo que metade delas surgiu nos últimos 18 meses. É possível percorrer cada quarteirão comercial do Porto e de Lisboa e dar de cara com um desses estabelecimentos. Com um mercado em franca expansão, gente de todo o mundo querendo comprar ou alugar um apartamento no país, essas empresas abriram as portas para os estrangeiros. Hoje, é praticamente certo encontrar ao menos um imigrante em cada uma delas. E os brasileiros estão em vantagem.
Com experiência adquirida em um mercado gigante, os brasileiros são requisitados pelas imobiliárias, que também apostam em seu jogo de cintura diante da concorrência. Além disso, eles viraram um trunfo para atrair conterrâneos.
— Em cada cinco casas compradas, uma vai para estrangeiro, que pode ser do Brasil. Assim, o brasileiro consegue trabalhar facilmente em uma imobiliária aqui de Portugal, ainda mais se já tiver trabalhado em um mercado grande como o do seu país — explicou o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal , Luís Lima(APEMIP).
Mas também há muitos brasileiros no mercado imobiliário que nunca tinham atuado na profissão. São pessoas que enxergaram no ramo uma chance rápida de entrar no mercado de trabalho enquanto se estabelecem no país. Nas vitrines das imobiliárias, são comuns os cartazes oferecendo vagas.
Como o mercado imobiliário é um dos mais flexíveis, não é necessário ter curso superior. O perfil exigido dos trabalhadores é diversificado. Assim como os brasileiros, muitos portugueses encontraram neste ramo um refúgio durante os anos de crise e ainda estão atuando neste mercado.
— O que precisamos é de pessoas que falem idiomas e sejam hábeis nas relações. Não há um padrão nem registro específico — disse Lima.
Os salários são variados. Um agente imobiliário pode receber entre € 750 e € 1.500. Por muitas vezes, nem há uma remuneração mensal fixa, mas uma comissão quando um negócio é fechado. O valor de mercado para uma comissão é de 6%, só que nem sempre a tabela é seguida e o trabalhador e a empresa podem fazer um acordo.
Segundo o Gabinete de Estudos da APEMIP, os brasileiros estão entre os que mais compraram imóveis em Portugal no último ano, chegando a um quinto do total (19%), perdendo apenas para os franceses (29%). Porém, são os brasileiros que dominam as compras no Porto e em Lisboa, enquanto os franceses preferem o Algarve, no Sul do país.
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