Os números não mentem! foram praticamente 24 mil empresas criadas somente neste 1º semestre de 2018.
Recorde no primeiro semestre de 2018 para aberturas de empresas em Portugal, período em que foram projetadas 23.691 corporações 14% a mais , De acordo com cálculos do Dinheiro Vivo com base nas séries do INE (Instituto Nacional de Estatística), que remontam ao início de 2008.
As regiões da Grande Lisboa, do Norte e do Algarve também alcançaram esses recordes exatos no tempo em análise. Na região de Lisboa foram desenvolvidas 9.501 corporações (aumento de 22% comparado ao mês de junho de 2017), no Norte foram desenvolvidas 7.410 corporações (alta de 12%, no mesmo período) e o Algarve apontou 1.376 empresas (também em um crescimento de 12%).
Os dígitos são coerentes com os dados da criação de trabalho que também vem obtendo êxitos em recordes, com expansão de em torno de de 2,6%. Em junho, De acordo com o INE, a economia portuguesa estava com mais de 4,8 milhões de empregos, mesmo valor do início de 2009.
Na quarta-feira passada, dia 1º de agosto, o INE expôs os resultados do inquérito ao trabalho do segundo trimestre.
De referir também que no primeiro semestre foram desfeita 15,6 mil corporações No entanto, o saldo continua a ser positivo: 8.035 empresas em termos líquidos.
O saldo histórico (desde o início de 2008) ainda continua positivo: mesmo com uma crise grave pelo meio, Portugal ganhou nesta década mais de 49 mil corporações resultado de 348 mil desenvolvidas e de 299 mil extinções de atividade.
Os Setores
aproximadamente cerca de 2/3 das corporações projetadas (quase 15 mil) no primeiro semestre deste ano estão nos segmentos que mais têm beneficiado do impulso do turismo.
O comércio e a restauração de veículos ponteiam com mais 4.466 novos registros (com aumento de 5%), o segmento de hotéis e restaurantes é o segundo maior, com 2.980 novas corporações (crescimento de 11%), as atividades de consultoria tiveram um crescimento de 13%, para 2.660 empresas e há mais 2.526 corporações ligadas ao imobiliário (alta de 38%).
ênfase para o fato de o nicho de hotéis e restaurantes ter alcançado o maior valor de criação de corporações nestas séries do INE e ainda para o saldo de quase 24% na criação de empresas no segmento de construção, que no primeiro semestre também bateu um máximo de 2.361 empresas registradas.
Uma vez mais, isto é adequado com a boa parte dos sinais emitidos pelo mercado de trabalho até ao primeiro trimestre. Por exemplo, o trabalho nas atividades imobiliárias subia mais de 10% em termos homólogos; o binômio hotéis e restaurantes ganhou mais 7% de postos de trabalho.
Economia Digital, Salário Baixo
Bem como o Dinheiro Vivo já divulgou, há muitas fatores que contribuem a explicar o porquê na enormidade de registros de instituições empresariais.
De acordo com a Comissão Europeia, a retoma portuguesa é “rica em empregos” e isso percebe-se “particularmente no turismo”.
Em Portugal, o peso do trabalho produzido direta e indiretamente por negócios de plataformas digitais deverá ser já um dos mais favoráveis num conjunto de 14 países europeus, quase 11% do total, De acordo com um estudo precursor do Joint Research Centre (JRC), da Comissão Europeia.
São negócios como Uber, Ubereats, Glovo, Cabify, Taxify, Zomato, Booking, Airbnb, mas também envolvem centrais de atendimento e lojas varejistas com participação virtual (supermercados, lojas de roupa e calçado, de artigos eletrônicos, por exemplo).
Os principais índices mostram que Portugal, apesar das reformas estruturais que ainda pode precisar realizar. está restaurando a competitividade. Ou seja, está podendo manter importações e conquistar investimentos estrangeiros.
Parte da justificativa pode estar no fato de a boa parte dos administradores (cerca de 47% dos inquiridos pelo INE) julgarem que até é relativamente fácil demitir em Portugal.
O nível baixo e a evolução lenta dos salários também influencia. Em um estudo novo o FMI (Fundo Monetário Internacional) reparou que a diminuição nos gastos laborais desde 2014 em países como Portugal, Grécia ou Espanha “foi baseado em salários mais baixos em vez de ganhos de rentabilidade.
O diagnóstico da Comissão Europeia vai no mesmo sentido: “A grande parte das novas contratações tem acontecido em segmentos com perfis de baixas capacitações e salários abaixo da média.”
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