Ela é conhecida como Marquês mas o seu nome completo é Praça Marquês de Pombal e é, sem dúvida alguma, a rotunda mais movimentada da capital (e do país).
1 – A Praça Marquês de Pombal
Foi no ano de 1882 que a Praça Marquês de Pombal ganhou o seu nome atual mas ainda há muitos lisboetas que ainda a chamam de “Rotunda”. Devido a essa “alcunha” foi criada também à estação do Metropolitano de Lisboa que aqui existiu entre os anos de 1959 e 1998 e que tinha, exatamente, esse nome.
O nome da praça é uma homenagem a Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, que foi o empreendedor e estadista que dinamizou a reconstrução de Lisboa após o terremoto que ocorreu em 1755. A homenagem foi dada na data do centenário do seu falecimento, no dia 6 de maio de 1882.
2 – Palacete Seixas
Em 1957, o arquiteto Carlos Ramos concebeu um plano com o intuito de uniformizar todas as fachadas da Praça Marquês de Pombal. Datam dessa mesma proposta os edifícios como o Hotel Florida ou o Hotel Fénix. Porém, houve um palacete que resistiu a esta restruturação e que se mantém, atualmente, no seu formato original: o Palacete Seixas, que foi edificado há mais de 100 anos e que alberga, desde 1997, a sede do Instituto Camões. É, devido a isso, o único edifício centenário da praça.
3 – Estátua do Marquês de Pombal
O monumento em homenagem ao Marquês de Pombal teve início em uma subscrição pública, que foi realizada em 1882 durante o reinado de D. Luís. Porém, a instabilidade política da época, devido ao fim da monarquia, acabou atrasando o processo de construção e só em 1913 é que foi lançado o concurso público para a construção da estátua. A primeira pedra dessa nova construção foi assente no dia 12 de agosto de 1917, em uma cerimónia dada pelo Presidente Bernardino Machado.
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4 – Implantação da República
Em outubro de 1910, a Praça Marquês de Pombal recebeu durante dois dias, barricadas que simbolizavam a revolta republicana. Foram concentrados nessa zona, centenas de civis e militares revoltosos comandados pelo militar Machado Santos que foi anteriormente indicado como um dos heróis do 5 de outubro.
As barricadas foram construídas com os objetos que tinham disponíveis, sendo eles: bancos de jardim, chapas de zinco ou ramos de árvores que figuravam entre os materiais utilizados. Atrás da barricada, estavam populares e militares unidos na Rotunda pela queda da monarquia e pela implantação da República em Portugal. Essa insubordinação militar e civil que teve na atual Praça do Marquês de Pombal um grande foco de resistência que veio a ser bem sucedida: na manhã do dia 05 de outubro de 1910, na varanda da Câmara Municipal de Lisboa, o republicano José Relvas gritou “Viva a República”!
5 – IV Centenário da Descoberta da Índia
Muito antes de celebrarem no Marquês as vitórias futebolísticas, já eram festejados outros feitos. Um exemplo perfeito dessas celebrações ocorreu em 1898, por ocasião do IV Centenário da Descoberta da Índia.
Na zona foi instalada uma Feira Franca, que funcionava como um “parque de diversões” gigante com várias atividades para entreter os transeuntes. A Feira foi pensada pelo arquiteto da Câmara Municipal de Lisboa, José Luís Monteiro, e adquiriu um formato hexagonal. No espaço, estavam destacados um grande coreto com o formato da esfera armilar e um espaço teatral em forma de elefante. Foi um sucesso imenso e foi, talvez, o primeiro grande ajuntamento populacional a acontecer na Praça!
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