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Escola Correia Mateus de Leiria e a xenofobia nas escolas em Portugal: o debate que assusta famílias

Xenofobia nas escolas em Portugal

Xenofobia nas escolas em Portugal: denúncias explosivas de perseguição e silêncio

A imagem de Portugal como um país acolhedor está cada vez mais sob ataque. O que antes era considerado “isolado” agora se repete com frequência perturbadora: a xenofobia nas escolas em Portugal cresce em silêncio, deixando famílias estrangeiras indignadas e alunos traumatizados.

Por trás das paredes das salas de aula, histórias de perseguição, insultos e até agressões físicas contra crianças estrangeiras revelam uma realidade sombria que muitos preferem esconder. Se Portugal quer ser referência em integração, precisa encarar de frente o problema que já virou bomba-relógio no sistema educacional.

O aumento das denúncias de xenofobia em escolas portuguesas

Nos últimos cinco anos, os números de queixas ligadas à xenofobia nas escolas em Portugal dispararam. Famílias brasileiras, africanas e do leste europeu relatam hostilidade diária contra seus filhos — desde piadas humilhantes até exclusão social organizada.

Relatórios recentes de entidades de direitos humanos confirmam a tendência: a escola, que deveria ser espaço de inclusão, muitas vezes se transforma em campo de batalha psicológico para crianças que chegam cheias de esperança, mas encontram barreiras invisíveis.

E a pergunta é inevitável: onde estão as autoridades educativas diante desse cenário alarmante?

Um dos nomes que mais circula em debates sobre xenofobia nas escolas em Portugal é o da Escola Correia Mateus, em Leiria. Pais e alunos citam a instituição em fóruns, grupos de redes sociais e até em reportagens como exemplo de ambiente escolar onde estrangeiros relatam sentir-se discriminados ou perseguidos. Importante sublinhar que a escola nega oficialmente ser um espaço de xenofobia e não há condenações judiciais sobre o tema, mas a frequência com que seu nome aparece em discussões públicas mostra como o problema já se tornou parte da percepção coletiva de muitas famílias imigrantes.

Perseguição a alunos estrangeiros: histórias de medo e silêncio

Não faltam relatos chocantes. Uma mãe brasileira em Lisboa contou que sua filha de 11 anos ouviu repetidamente “volta para o teu país” dentro da sala de aula. Outro caso, em Braga, envolveu um jovem angolano que sofreu agressões físicas de colegas enquanto professores ignoravam os apelos de socorro.

Em Leiria uma aluna brasileira ouviu de uma aluna portuguesa “Volte para sua terra sua porca” e concluiu “Meu pai é policial e vai dar um tiro na cara do seu”

Muitas famílias imigrantes relatam problemas em escolas públicas tradicionais de Leiria, como a Correia Mateus, levantando questionamentos sobre a eficácia das políticas de integração.

Há casos em Leiria também de professores com atitudes racistas, como foi o caso de uma aluna brasileira que ouviu de uma professora em Leiria
“Todos os que nascem no hemisfério sul são pretos”
Ao ser questionada pelos pais a professora alegou se tratar de uma “lenda” ao qual nunca explicou a sua origem.

Casos como esses não são exceção. A xenofobia nas escolas em Portugal tornou-se tão comum que muitos alunos se calam para não serem vistos como “problemáticos”. O silêncio imposto pelo medo cria um ciclo cruel: as vítimas sofrem em silêncio, os agressores sentem-se impunes e as instituições permanecem paralisadas.

Agressões verbais e físicas — quando professores também falham

O problema se agrava quando relatos apontam para a conivência ou até a participação de docentes. Há registros de professores que reforçam estereótipos ou fazem comentários pejorativos sobre sotaques, origens e culturas.

Em alguns casos, processos já chegaram aos tribunais, mas as consequências são lentas, o que mina a confiança dos pais no sistema educacional.

Alguns professores, ainda acham que estão na época da ditadura, onde tinham mais poder que os pais e podiam até agredir as crianças. Os tempos mudaram, mas o sistema não mudou e a cabeça de muitos docentes ainda está na época ditatorial.

O que mais assusta neste cenário é que muitas denuncias chegam a direção de ensino e nenhuma providencia é tomada, talvez pela falta de professores em Portugal.
Mas fica a pergunta, o sistema educacional que exige um psicologo nas escolas para os alunos não poderia atender os professores também?

Se a escola, que deveria ser protetora, passa a ser palco de exclusão, como esperar que crianças estrangeiras construam futuro sólido em Portugal?

Há casos de professores com problemas emocionais sérios sendo descontados em sala de aula. Outro caso é de um professor de Leiria, que para que os alunos façam silêncio ele levanta a mesa ao alto e solta, batendo com a mesa no chão. Um ato agressivo e totalmente de alguém que está fora de controle.

Por que a xenofobia nas escolas em Portugal continua crescendo?

Vários fatores explicam a explosão de casos:

  • Falta de fiscalização efetiva das autoridades educativas.

  • Falta de monitoramento por vídeo, que é um grande obstáculo num país que está acostumado a colocar tudo para baixo do tapete.
  • Preconceito enraizado em parte da sociedade contra estrangeiros, especialmente brasileiros e africanos.

  • Desigualdade social, que alimenta hostilidade contra filhos de imigrantes.

  • Ausência de formação docente para lidar com multiculturalismo.

O resultado é devastador: aumento da evasão escolar, retração psicológica dos alunos e uma ferida social que mancha a reputação internacional do país.

Comparação com outros países da Europa

Portugal não está sozinho nesse problema. Espanha, França e Alemanha também enfrentam desafios semelhantes, mas a diferença é que nesses países existem programas robustos de combate à xenofobia escolar, com monitoramento, campanhas públicas e intervenção psicológica.

Em Portugal, ainda reina a impressão de que tudo pode ser varrido para debaixo do tapete, até que um caso escandaloso venha à tona.

O que dizem os especialistas

Psicólogos afirmam que a xenofobia nas escolas em Portugal provoca traumas de longo prazo, levando crianças a desenvolver depressão, ansiedade e problemas de autoestima.

Sociólogos alertam que a hostilidade contra estrangeiros é reflexo de uma crise mais ampla: falta de políticas consistentes de integração em comunidades escolares.

Sem mudança estrutural, o problema não só persiste, mas tende a piorar com o aumento da imigração.

Direitos dos alunos estrangeiros em Portugal

A lei portuguesa garante igualdade de acesso e tratamento a todos os alunos, nacionais ou estrangeiros. No entanto, na prática, as denúncias provam que o abismo entre teoria e realidade é enorme.

Pais e alunos podem [e devem] denunciar casos de xenofobia às direções escolares, à Direção-Geral da Educação e até ao Ministério Público. Mas o medo de represálias ainda é um grande obstáculo.

Há situações em que os alunos após denunciar a escola sofrem perseguição por parte da direção da escola e de pais de alunos.

O silêncio que mata sonhos

A consequência mais perversa da xenofobia nas escolas em Portugal é o abandono escolar. Muitos jovens estrangeiros, cansados de perseguição e hostilidade, simplesmente desistem de estudar.

E cada desistência representa não apenas um sonho destruído, mas também um talento perdido para o país.

Soluções urgentes

  • Formação obrigatória para professores em diversidade e inclusão.

  • Campanhas nacionais contra a xenofobia em ambientes escolares.

  • Monitoramento independente das queixas apresentadas por famílias estrangeiras.

  • Protocolos claros de punição para casos de agressão ou discriminação comprovada.

Sem medidas imediatas, o problema continuará a corroer a base do sistema educativo.

Conexão com a vida do imigrante

Quem busca construir uma vida em Portugal precisa estar preparado para enfrentar não apenas desafios burocráticos, mas também sociais.

Como denunciar a xenofobia nas escolas em Portugal: passo a passo

Denunciar a xenofobia nas escolas em Portugal é um direito de todas as famílias e um dever cívico para proteger crianças e jovens. O processo pode parecer burocrático, mas é fundamental para que os casos não fiquem enterrados no silêncio. Veja o passo a passo:

  1. Registre todas as ocorrências — anote datas, horários, frases ditas e, se possível, obtenha testemunhas.

  2. Procure a direção da escola — apresente uma reclamação formal, por escrito, para que a instituição seja obrigada a responder.

  3. Contacte a Direção-Geral da Educação (DGE) — encaminhe cópias da denúncia, reforçando o caso.

  4. Acione a Linha Escola Segura (800 202 148) — canal direto da Polícia de Segurança Pública (PSP) para casos de violência escolar.

  5. Peça apoio à Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) — órgão oficial que trata de discriminação racial e xenofobia.

  6. Se necessário, recorra ao Ministério Público ou tribunal — em casos graves de agressão ou perseguição, a denúncia pode se transformar em processo criminal.

Este roteiro é vital porque, sem denúncias formais, os números não aparecem e as autoridades continuam fingindo que a xenofobia é “exceção”. Cada voz conta para desmontar esse muro de silêncio.

Conclusão

A xenofobia nas escolas em Portugal é um fantasma que assombra silenciosamente milhares de famílias. Enquanto autoridades fecham os olhos, alunos estrangeiros pagam o preço com sua saúde emocional, sua autoestima e, em muitos casos, com o abandono escolar.

Ignorar esse problema é brincar com o futuro de uma geração inteira e com a credibilidade de Portugal no cenário internacional.

A verdade é dura, mas precisa ser dita: sem ação imediata, a escola portuguesa corre o risco de se tornar símbolo não de inclusão, mas de exclusão.

FAQ

1. O que é xenofobia nas escolas em Portugal?
É o preconceito, perseguição ou agressão contra alunos estrangeiros por sua origem ou nacionalidade.

2. Quais alunos sofrem mais xenofobia em Portugal?
Brasileiros, africanos de países lusófonos e imigrantes do leste europeu estão entre os mais afetados.

3. Quais são os efeitos da xenofobia escolar?
Traumas psicológicos, evasão escolar, depressão e dificuldades de integração social.

4. Como denunciar casos de xenofobia escolar?
Por meio da direção escolar, da Direção-Geral da Educação, da linha Escola Segura e até do Ministério Público.

5. Professores podem ser punidos por xenofobia?
Sim, podendo sofrer processos disciplinares, suspensão e até ações judiciais.

6. O governo está agindo contra a xenofobia escolar?
Existem campanhas de integração, mas especialistas consideram as medidas insuficientes.

Miriam Aryeh é especialista em jornalismo digital com foco em mercado de trabalho e qualidade de vida em Portugal. Apaixonada por pesquisa e escrita, dedica-se a produzir conteúdos claros, objetivos e acessíveis para quem busca oportunidades no exterior.

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