Uma brasileira de 30 anos foi encontrada morta dentro de uma mala envolta por fita adesiva na cidade de Arruda dos Vinhos, em Portugal, na última quarta-feira. Segundo a Polícia Judiciária lusitana, o suspeito do crime foi identificado como o companheiro da vítima. Ele foi preso no dia seguinte. Agora a família dela pede contribuições para fazer o translado do corpo para Ipatinga (MG). Segundo um post em rede social, o valor necessário para tal é R$ 30 mil.
“Os amigos e familiares de Camila da Silva estão de luto e contam com seu apoio para o translado de seu corpo. Infelizmente Camila foi morta em Portugal, deixando uma filha de 10 anos. Estamos terrivelmente abalados e precisamos de ajuda, pois o translado de seu corpo tem um prazo para ser realizado e custa cerca de R$ 30 mil”, diz a publicação.
De acordo com Werleis Silva, irmão de Camila, foram arrecadados até esta segunda-feira cerca de R$ 4 mil.
— Ela era uma pessoa extremamente meiga, amigável, pessoa tranquila, e sonhava em ir para Portugal a fim de trabalhar, porém teve seu sonho interrompido pelo seu agressor. Eles começaram a se relacionar aqui e se mudaram há quase dois meses. Ela era muito comunicativa, tinha o dom de cultivar as pessoas, fazer amizades. O homem por ciúmes tirou a vida dela. Ele sempre foi muito agressivo. Mesmo tendo pouco tempo em Portugal, houve atritos, chamaram até auxílio da polícia. Ele bebia muito. Por medo, ela permaneceu junto dele e agora a gente sofre. Estamos numa correria para juntar a quantia em dinheiro para fazer o translado. O tempo está apertado — afirmou Werleis.
“Contamos com sua ajuda, aceitamos qualquer quantia de doação possível. Pedimos também oração, pois há muita dor. Conta para depósito: Banco Bradesco, Lucileia Aparecida Silva Santana, Agência: 2107, Conta: 671570-2, CPF: 072.819.526-78, Data de nascimento: 31/08/1982”.
Segundo a polícia portuguesa, Camila foi morta com um golpe de arma branca. O crime teria ocorrido dentro da residência do casal próxima do local onde a mala com o corpo foi abandonada.
“Precisamos fazer um sepultamento digno de um ser humano, de alguém que teve sua vida ceifada de forma tão trágica”, afirmou Werleis em um vídeo.
Por meio de nota, o Itamaraty explicou que, em caso de morte no exterior, “as embaixadas e os consulados brasileiros sempre procuram apoiar os familiares com orientações gerais, a expedição de documentos (atestado de óbito, por exemplo), e também com contato com autoridades locais (especialmente para tentar agilizar e facilitar os trâmites)”.
“Informamos que não há previsão legal que permita o pagamento de despesas hospitalares ou traslado dos corpos pelo Governo Federal”, acrescentou.
O presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, André Santos Rijo, se manifestou sobre o caso em seu perfil no Facebook, classificando o ocorrido como um “crime hediondo”, que “chocou toda uma comunidade”. Ele disse ainda que, de acordo com as autoridades, os indícios apontam que foi “mais um caso de violência doméstica que terminou da pior maneira possível tal como tantos outros”.
“Um casal jovem de cidadãos brasileiros recém-chegados, que morava em Arruda há cerca de 15 dias, na Urbanização de S. Lázaro, ela trabalhadora da restauração, ele trabalhador da construção civil e os vizinhos ainda não tinham notado sinal de violência ou agressividade entre ambos. Não havia sinalização por parte de qualquer autoridade, afinal eram também recém-chegados…”, acrescentou André Rijo.
Ele ressaltou também a importância de cada um “procurar estar mais atento à realidade que nos rodeia e não achar como dizia o ditado ‘entre marido e mulher não metas a colher'”.
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