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Jovens brasileiros relatam casos de xenofobia nas Universidade Portuguesas e preocupam

Infelizmente alguns brasileiros acabam sendo vítimas de xenofobia quando mudam de país. Mesmo sendo países irmãos, a verdade é que um ser atrito por vezes se verifica entre portugueses e brasileiros.

Hoje trazemos alguns relatos de jovens brasileiros, que vieram estudar para Portugal, e que estão sentindo na pele alguma discriminação e xenofobia de outros estudantes portugueses. Relembramos que com o nosso passo a passo atualizado para morar em Portugal todo o processo vai se tornar simples.

Casos que estão preocupando os estudantes brasileiros

A imagem de uma caixa contendo pedras com o anúncio de que elas seriam gratuitas se fossem arremessadas contra os “zucas”, como os brasileiros são conhecidos em Portugal, chocou muita gente quando retransmitida nas redes sociais. O episódio aconteceu na segunda-feira (29), na Universidade de Lisboa.

Professor em Literatura Portuguesa, o paulista Leonardo de Barros, que fez partes do mestrado e do doutorado em Portugal, disse não ter se surpreendido com o episódio.

“Me recusei a acreditar. Mas é fato e, no fim das contas, não sei por que me espantei. Nas oportunidades que tive de viver em Portugal, era impossível não respirar uma violência, quando não explícita, insinuada em microssituações cotidianas. É por isso que digo e repito: como doutor justamente em Literatura Portuguesa, é mais que óbvia minha admiração pela cultura do país, mas não dá, NÃO DÁ – e disso depende inclusive a qualidade do profissional que sou/quero ser – pra nós, brasileiros, pensarmos Portugal ainda na chave de uma certa romantização – seja da paisagem, da história, do que for”, desabafou Barros, no Facebook.

Barros ficou um ano e três meses em Portugal. O suficiente, segundo ele, para sentir o preconceito. “As situações de discriminação poderiam ser bastante sutis, muitas vezes disfarçadas como demonstração de carinho, na forma em que seu sotaque vira piada, na forma como você facilmente é tratado por ‘brasileiro’, simplesmente”, disse ele à RFI.

Vários episódios de intolerância em Portugal

De acordo com ele, no atendimento comercial, existe uma tendência à infantilização, “como quando o rapaz do banco me instruiu a colocar o cartão no caixa eletrônico e me mostrou onde deveria colocá-lo”, ou a uma extrema rudeza, “como quando, nos correios, a mulher disse estar cansada de explicar tudo para quem não sabe nada”. “Algumas situações são mais violentas e explícitas.”

“Certa vez, o motorista do ônibus me disse para “falar direito”, quando ele perguntou se eu ia para Lisboa e eu respondi ‘isso’, ao que ele replico ‘Isso o quê? É sim ou não'”, relata mais um episódio.

Como muitas vítimas de preconceito, Barros teve vergonha em comentar com amigos o preconceito que sentia na pele: “Uma vez, na biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, eu dizia a uma menina: ‘Você se importa se eu sentar aqui?’, e o rapaz ao lado chiou por silêncio e disse baixinho: ‘Essa gente não sabe falar baixo’. São coisas que tive até vergonha de contar para as pessoas próximas nos termos que exatamente aconteceram, como se fosse motivo de vergonha para mim tê-las ouvido.

“Adoro a paisagem do país, admiro muita coisa da cultura portuguesa – sobretudo a literatura, a poesia -, mas é um pouco cansativo você respirar esse ambiente de microviolências diariamente, você ser submetido com muita frequência a broncas e chamadas de atenção que não se aplicam tanto a qualquer pessoa”, lamenta Barros.

O carioca Leonardo Alves, estudante de pós-graduação em Direitos Humanos na Universidade de Lisboa, sente na pele a realidade dos estudantes brasileiros nas universidades portuguesas. Durante o mestrado, Alves relata ter sido vítima de preconceito diversas vezes e, ainda mais grave, por parte de professores da instituição.“Eu queria interagir durante as aulas e, ao tentar responder às perguntas feitas pelos professores, eles me impediam, argumentando que seria melhor que um (aluno) português respondesse”, conta.

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