Segundo a Receita Federal, no ano de 2016 foram quase 20 mil brasileiros que saíram do Brasil sem intenção de voltar. Isso é mais do que o dobro dos quase 8mil que saíram do Brasil em 2011. E este número tem aumentado cada vez mais.
Estes brasileiros geralmente tem a carreira consolidada e uma vida estabilizada mas abrem mão de tudo para morar na Europa ou na América do Norte. O principal motivo é a busca de uma melhor qualidade de vida.
Muitos destes brasileiros são de classe média, que geralmente possuem e mentém negócios no Brasil enquanto vivem fora.
Mas começar do zero não é uma tarefa fácil, principalmente para quem já tem uma vida estabilizada.
Quando questionamos o que tem motivado estes brasileiros a saírem do Brasil a resposta é unânime. INSEGURANÇA. Recebemos em nosso email e fanpage centenas de mensagens de pessoas que se sentem inseguras em suas próprias casas. São muitos os relatos com as frases:
“Não sei se volto do trabalho”
“Já perdi as contas de quantas vezes fui assaltado”
“Tenho medo de levar meus filhos pra escola”
“Tentaram arrombar minha casa”
Estas pessoas buscam apenas tranquilidade para andar nas ruas. Que de maneira geral, não conseguem encontrar esta segurança e traquilidade no Brasil.
Segurança deveria ser o básico!
O que muitas pessoas procuram é se estabilizar profissionalmente.
Em Portugal as áreas mais procuradas são:
- Contábil e finanças
- Bancos e seguros
- Advocacia
- Recursos Humanos
- Designer de moda
- Turismo e lazer
- Atendimento ao cliente
Já na Austrália as áreas como engenharia, TI, contabilidade saúde oferecem excelentes oportunidades para os Brasileiros, desde que tenham experiência há mais de 3 anos e fluência em Inglês
As coisas se tornam mais fáceis quando se tem uma formação acadêmica ou saber falar outra língua.
Mas muitas das pessoas que same do Brasil não estão preparadas para exercer funções mais “humildes” tornando o processo de imigração muitas vezes uma frustração. O que se deve ter em mente, para quem está imigrando, é que muitas vezes será necessário reconstruir uma carreira profissional. Os que se tornam mais adaptados com esta situação são aqueles que acabam crescendo mais rápido. Mostrar interesse neste processo de adaptação é fundamental.
Segundo a entrevista feita para o site da revista Exame, Marcelo Gidaro, de 28 anos, mudou-se para a Escócia este ano com a esposa Gabriela Rolim, de 30 anos. No Brasil, era gerente de projetos e agora trabalha em um café, porém não se arrepende da “troca de carreira”.
O casal resolveu abrir mão de cargos gerenciais para trabalhar em funções que nunca realizaram, tudo em prol da qualidade de vida que a Escócia oferece.
Marcelo e a esposa Gabriela na Escócia (Facebook/Reprodução) (Facebook/Reprodução)
“O fato de trabalhar em fast food, café, pubs, restaurantes e até mesmo com limpeza, não te diminuirá de forma alguma como profissional. Não é demérito trabalhar em ‘subemprego’ quando for morar no exterior, só não posso dizer que é fácil, pois as empresas sempre solicitam referências profissionais (dentro do país), dando mais relevância aos candidatos que as possuem”.
Marcelo e a esposa Gabriela na Escócia (Facebook/Reprodução)
Concluindo, a vida no exterior não é uma tarefa fácil para ninguém, mas só quem tem disposição e coragem consegue superar as dificuldades da vida no exterior e ainda aproveitar cada minuto desta nova experiência.
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